Videogames na Mira: Governo Trump Alega que Jogos Incentivam Uso Indevido do Medicaid

O Medicaid é um programa de saúde público dos EUA voltado para pessoas de baixa renda. Financiado por estados e pelo governo federal, assim como outros programas assistenciais, ele está na mira do governo Trump para possíveis cortes. Mas qual seria a justificativa? Segundo os republicanos, os videogames.

A proposta em discussão inclui a imposição de exigências de trabalho para quem deseja receber o benefício—algo que atualmente só existe na Geórgia. Para defender essa medida, que complica o acesso ao sistema, políticos conservadores alegam que o Medicaid estaria incentivando jovens saudáveis a ficarem o dia inteiro jogando videogame em vez de procurar emprego.

O presidente da Câmara, Mike Johnson, foi direto ao ponto na semana passada: “Ninguém está falando em cortar benefícios de quem realmente precisa—só queremos restabelecer a obrigação de trabalhar. Hoje, há homens jovens e saudáveis se beneficiando de um programa criado para mães solteiras, idosos e pessoas com deficiência. Eles estão drenando recursos desses grupos.”

E completou: “Se corrigirmos isso, economizaremos muito dinheiro e devolveremos a dignidade do trabalho a esses jovens, que deveriam estar empregados em vez de passar o dia todo jogando videogame.”

A narrativa de Johnson—que pinta os beneficiários do Medicaid como aproveitadores que roubam recursos de grupos vulneráveis para ficar no ócio—pode até emocionar alguns (afinal, quem não quer “dignidade” para os homens americanos?). Mas, quando analisada de perto, a argumentação não se sustenta.

Este artigo foi inspirado no original disponível em pcgamer.com.

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