O mais recente filme de Bong Joon Ho, “Mickey 17”, que integra a ambiciosa lista de produções originais da Warner Bros. para 2025, não está tendo a recepção esperada nas bilheterias. O longa de ficção científica e comédia, estrelado por Robert Pattinson como um par de sósias interestelares, arrecadou US$ 7,7 milhões durante as pré-estreias e sessões de sexta-feira em 3.807 locais. Esse desempenho inicial coloca o filme na trajetória de uma estreia de aproximadamente US$ 18 milhões no fim de semana. No entanto, com um orçamento de produção de US$ 118 milhões, o início parece lento, especialmente quando se consideram os custos adicionais de marketing e distribuição. Para alcançar a lucratividade, o filme precisaria arrecadar mais de US$ 275 milhões globalmente.
Exibido em salas IMAX e outros formatos premium, “Mickey 17” deve liderar as bilheterias domésticas, mas seu impacto não será suficiente para reverter a estagnação do mercado, que ainda tem “Capitão América: Brave New World” no topo há quase um mês, apesar das quedas semanais. As críticas ao filme de Bong Joon Ho têm sido positivas, embora não tão entusiasmadas quanto as recebidas por “Parasita”, seu aclamado thriller vencedor do Oscar em 2019, que arrecadou mais de US$ 262 milhões mundialmente e se tornou o filme coreano de maior bilheteria da história.
Após o sucesso de “Parasita”, Bong se uniu à Warner Bros. para “Mickey 17”, que recebeu sinal verde em janeiro de 2022, três meses antes da fusão da empresa com a Discovery, Inc. A recepção do público, no entanto, tem sido mais moderada, com uma nota “B” no CinemaScore, indicando uma resposta positiva, mas não excepcional, o que pode limitar sua permanência nos cinemas.
Além de Pattinson, que interpreta múltiplas versões de um explorador espacial descartável, o elenco inclui Mark Ruffalo, Naomi Ackie, Toni Collette e Steven Yeun. O filme é uma adaptação do romance “Mickey7”, de Edward Ashton, e tem a Plan B como produtora.
Enquanto isso, “Capitão América: Brave New World”, da Disney, deve cair para o segundo lugar em seu quarto fim de semana, após arrecadar US$ 2,1 milhões na sexta-feira, elevando seu total doméstico para US$ 170,1 milhões. Apesar de ser o maior sucesso do ano na América do Norte, o filme está entre os de menor bilheteria do Universo Cinematográfico da Marvel, ocupando atualmente a 32ª posição entre 35 lançamentos. Com um orçamento de US$ 180 milhões, o resultado não é o ideal.
Em terceiro lugar está “Last Breath”, da Focus Features, que adicionou US$ 1,16 milhão na sexta-feira e deve cair 49% em seu segundo fim de semana, totalizando US$ 4,1 milhões. O thriller de resgate submarino deve ultrapassar US$ 14 milhões em bilheteria doméstica até domingo.
O filme de terror e comédia “The Monkey”, da Neon, ocupa o quarto lugar, com uma queda de 39% em relação ao fim de semana anterior, arrecadando cerca de US$ 1,1 milhão na sexta-feira. O longa, uma adaptação de baixo orçamento de uma obra de Stephen King, deve atingir US$ 31 milhões em bilheteria doméstica até domingo.
Não muito atrás, “Paddington no Peru”, da Sony, adicionou US$ 900 mil na sexta-feira e deve arrecadar US$ 3,8 milhões em seu quarto fim de semana, com chances de ultrapassar US$ 37 milhões em bilheteria doméstica. O desempenho está ligeiramente à frente de “Paddington 2”, lançado em 2017.
Também estreando neste fim de semana, a Angel Studios apresenta “Rule Breakers”, um drama classificado como PG sobre quatro meninas que formam a primeira equipe de robótica do Afeganistão. O filme deve abrir em nono lugar, com US$ 600 mil arrecadados na sexta-feira em 2.044 locais. As críticas são positivas, e o CinemaScore concedeu uma nota “A”, uma resposta típica para as produções inspiradoras da Angel.
Já a Vertical Entertainment lança “In the Lost Lands”, estrelado por Dave Bautista e Milla Jovovich, em 1.370 locais. O western pós-apocalíptico arrecadou apenas US$ 380 mil na sexta-feira e deve lutar para ultrapassar US$ 1 milhão em sua estreia. A produção de US$ 55 milhões foi totalmente financiada por vendas internacionais.
Por fim, após sua vitória no Oscar no último domingo, a Neon expandiu novamente a exibição de “Anora”, que agora está em 1.938 cinemas. O drama de Sean Baker, vencedor de cinco Oscars, deve aumentar sua bilheteria em mais de 500% neste fim de semana, arrecadando cerca de US$ 1,7 milhão. Esse valor é significativo para o filme, que já acumulou aproximadamente US$ 16,5 milhões em bilheteria doméstica e agora supera “Guerra ao Terror” (US$ 17 milhões), evitando se tornar o vencedor de Melhor Filme com a menor bilheteria na América do Norte (desconsiderando “Nomadland” e “CODA”, impactados pela pandemia).
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Este artigo foi inspirado no original disponível em variety.com