Constanza Majluf-Baeza, atriz, roteirista e diretora premiada com uma bolsa estudantil do National Board of Review, está desenvolvendo seu primeiro longa-metragem, “Pink Desert” (“Desierto Rosa”). O filme foi selecionado para participar do MAFF Co-Production Fund e do Meeting Event no Festival de Cinema de Málaga. Ambientado em 1970, em uma cidade mineira no deserto do norte do Chile, a história acompanha Mariola, uma jovem de 17 anos conhecida na cidade como Mario. Chuvas esporádicas trazem vida ao lugar mais seco da Terra, e, nesse cenário, Mariola recebe um convite de uma companhia de teatro de travestis para viajar até Lima, no Peru. Durante a jornada, ela começa a descobrir quem sempre quis ser. Ao retornar ao Chile, uma nova era de mudanças políticas e sociais a impulsiona a afirmar sua identidade.
No cenário da indústria, o projeto conta com a participação da produtora peruana Mestizo Studios e é liderado no Chile pela Flamingo Producciones. Até o momento, “Pink Desert” já conquistou atenção e apoio significativos, incluindo financiamento do Fundo de Cinema Chileno para escrita, reescrita e produção. Além disso, o filme recebeu o prêmio Sloan Screenplay Award da Universidade de Columbia e o prêmio Final Draft Ventana Sur. O projeto também participou de laboratórios de coprodução como o Estelab Latin America-Europe, Cine Qua Non Lab, Ibermedia e o CDPAI da Fundación Carolina, além do El Principio del Film no Ventana Sur.
Além de dirigir, Majluf-Baeza coescreveu o roteiro com o cineasta chileno Ignacio Juricic Merillán, conhecido pelo curta vencedor do Queer Palm em Cannes, “Lost Queens” (2015), e pelo longa “Enigma” (2018), exibido no Festival de San Sebastián. O elenco inclui o astro chileno Alfredo Castro (“Tony Manero”, “El Conde”, “They Will Be Dust”) em um papel de apoio. O elenco principal ainda não foi confirmado.
Rodrigo Díaz, produtor do filme pela Flamingo Producciones, comentou à Variety: “‘Pink Desert’ nos convida a explorar um universo desconhecido: o mundo de uma companhia de teatro de travestis na América Latina dos anos 1970, visto pelos olhos de uma adolescente transgênero. A jornada de Mariola representa um heroísmo visionário, transformando não apenas sua própria história, mas deixando um legado inestimável para as gerações futuras. Com uma mistura de profundidade e humor, acompanhamos Mariola enquanto ela descobre sua verdadeira essência.”
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Este artigo foi inspirado no original disponível em variety.com