Em uma era onde campanhas de FPS são tão raras que a única dose de ação com orçamento milionário que podemos esperar anualmente vem da franquia Call of Duty, seria fácil para a id Software cruzar os braços e decidir que “mais Doom” já é o suficiente. E, sinceramente, para mim, seria mesmo. Mas isso seria negligenciar o dever da id para com o gênero que ela mesma ajudou a criar.
Para a id, um novo Doom é uma oportunidade de destruir um castelo de areia perfeitamente funcional e começar do zero. Doom: The Dark Ages é a guinada mais ousada da trilogia até agora—transformando o Slayer de um caça veloz, esquivando-se e avançando pelas hordas do Inferno, em um tanque impenetrável, arremessando-se de escudo em punho no meio do caos.
O QUE VOCÊ PRECISA SABER
- O que é? O mais recente FPS dos criadores de Doom, Quake e Wolfenstein.
- Data de lançamento: 15 de maio de 2025
- Preço: R$ 350 (aproximadamente)
- Desenvolvedor: id Software
- Publicadora: Microsoft
- Testado em: RTX 2080 Super, Intel Core i9 9900KS, 32GB RAM
- Multijogador: Não
- Steam Deck: Não testado
- Link: Site oficial
A transição é bem-sucedida, mas não sem grandes sacrifícios. Este é o Doom em seu estado mais indulgente e brutalmente violento, mas também é o mais simplificado e, inegavelmente, o mais fácil da trilogia. Os mapas estão estranhamente vazios, os segredos anormalmente óbvios e os quebra-cabeças tão simples que mal merecem o nome. Visto como uma resposta às críticas de que Doom Eternal era complexo demais, The Dark Ages peca pelo excesso de simplificação.
CORRENTE CURTA
The Dark Ages retrocede no tempo para os dias em que nosso esmagador de demônios favorito era um peão dos Makyrs (aqueles seres flutuantes de tentáculos dos jogos anteriores) em uma guerra contra o Inferno. Ele continua o mesmo Slayer de sempre—feroz e obstinado em seu ódio aos demônios—agora com uma elegante pele de fera para deixar claro que estamos em tempos antigos. Mas, em uma decisão que se mostra extremamente míope, os Makyrs o mantêm preso em uma nave espacial com um colar de choque. Já dá para imaginar no que dá.
—
Este artigo foi inspirado no original disponível em pcgamer.com.