Inovação Chinesa: Folhas Metálicas ‘2D’ Ultrafinas Podem Revolucionar a Indústria de Chips e Sensores

De acordo com um relatório publicado na Nature (via Interesting Engineering), pesquisadores da Academia Chinesa de Física desenvolveram uma técnica para criar folhas superfinas, com espessura de apenas um ou dois átomos, utilizando materiais como bismuto, gálio, índio, estanho e chumbo. Como isso foi possível? Seria algum método exótico de deposição de materiais com imãs superpotentes ou lasers de alta intensidade? Nada disso. A resposta é mais simples: basta pressionar os materiais com muita força usando uma prensa hidráulica.

Após a recente notícia sobre um transistor super-rápido desenvolvido pela Universidade de Pequim, além de uma máquina de litografia EUV chinesa que rivaliza com a da ASML, essa nova inovação da República Popular da China resulta em folhas metálicas “2D” superfinas. Essas folhas podem ser usadas em chips de baixo consumo de energia e sensores supersensíveis, entre outras aplicações de alta tecnologia.

Segundo a Nature, “a abordagem de baixa tecnologia produz cristais 2D estáveis no ar, com dimensões maiores que 100 micrômetros, o que representa uma melhoria significativa em comparação com técnicas mais caras e complexas.” Os pesquisadores afirmam que o método pode ser aplicado a qualquer metal com baixo ponto de fusão. Embora não seja a primeira vez que metais atomicamente finos são criados, a nova técnica permite a produção em larga escala de “metais verdadeiramente 2D”.

Por enquanto, as propriedades exatas dessas folhas metálicas ultrafinas ainda são desconhecidas, mas seus tamanhos relativamente grandes abrem novas possibilidades para aplicações práticas. A Nature destaca que “alguns especialistas acreditam que essa conquista pode revolucionar a fabricação de dispositivos eletrônicos, desde transistores de baixa potência até chips de próxima geração e detectores supersensíveis.”

Com os tradicionais chips de silício enfrentando certos limites recentemente — como os problemas da Intel e a desaceleração na miniaturização de alguns elementos do design de chips —, qualquer avanço que acelere o progresso é bem-vindo. Quem sabe? Daqui a 10 anos, seu processador de 10 GHz pode contar com transistores de bismuto com espessura de apenas alguns átomos. Isso certamente daria um novo significado ao conceito de um notebook leve e fino.


Este artigo foi inspirado no original disponível em pcgamer.com.

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