Palworld, o jogo de sobrevivência frequentemente chamado de “Pokémon com armas”—às vezes de forma carinhosa, outras vezes de maneira crítica—recebeu reações mistas dos críticos quando foi lançado em janeiro de 2024. Na época, descrevemos o jogo como “um competente jogo de sobrevivência com um conceito central tão absurdo que se tornou perfeito para transmissões ao vivo”, enquanto outros jogadores destacaram suas semelhanças com o popular RPG de captura de monstros da Nintendo. Ainda assim, o jogo foi um sucesso instantâneo, atingindo picos de mais de dois milhões de usuários simultâneos na Steam.
Em uma palestra na GDC 2025 na segunda-feira, John Buckley, gerente global de comunidade da Pocketpair, afirmou que era “super popular odiar o Palworld” após o lançamento massivo, já que o jogo se tornou uma “máquina de gerar impressões”. Buckley também rebateu algumas das acusações feitas contra o jogo logo após seu lançamento, incluindo alegações de que ele teria sido produzido com o uso de inteligência artificial generativa.
“Eu poderia ficar aqui e dizer que não usamos IA para gerar o Palworld, mas pelo menos cinco pessoas nesta sala vão gritar ‘mentiroso’. Mas é isso. A gente meio que desistiu de repetir isso, mas eu prometo, não usamos”, disse Buckley.
Houve ainda acusações de plágio, impulsionadas por uma série de posts no X que comparavam os modelos do jogo com os de Pokémon. Takuro Mizobe, CEO da Pocketpair, classificou essas alegações como “difamatórias” na época. Após os artistas da empresa ficarem chateados com as acusações, Buckley revelou que a empresa decidiu “partir para o ataque”, divulgando arte conceitual e detalhando como os designs são criados por meio de um processo interno chamado “Pal Vote”. Nesse sistema, os artistas produzem esboços e os desenvolvedores votam se gostam, não gostam ou têm sentimentos mistos sobre cada monstro.
Os rumores sobre IA generativa e plágio ainda não desapareceram completamente, mas o Palworld segue firme, mantendo uma média de cerca de 25 mil jogadores simultâneos na Steam. A Pocketpair também está trabalhando em novos recursos, incluindo o tão aguardado suporte a crossplay. Enquanto isso, a empresa continua lidando com a surpreendente ação judicial de patente movida pela Nintendo, que Buckley brinca ao chamar de “nossa colega empresa indie”.
“Acho que poucas empresas sobreviveriam a uma situação pós-Palworld como a nossa”, disse Buckley. “Muitas poderiam desmoronar sob as ameaças, a pressão e a negatividade, mas conseguimos manter toda a nossa equipe. Conseguimos seguir em frente porque somos uma empresa muito unida e próxima.”
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Este artigo foi inspirado no original disponível em pcgamer.com.