The Witcher 3: Da Persistência dos Modders ao Lançamento do REDkit pela CD Projekt na GDC 2024

Quase uma década depois do seu lançamento, The Witcher 3: Wild Hunt continua vivo e relevante. Ainda hoje, modders dedicam horas a criar novas missões, cenários, ajustes de jogabilidade e até mesmo curiosidades, como um Geralt patinando no gelo. Embora a comunidade de mods tenha se mantido ativa por anos sem suporte oficial da CD Projekt, tudo mudou em maio de 2024, quando a empresa lançou o REDkit, um conjunto de ferramentas que facilita a criação e integração de modificações.

Mas por que demorou tanto? Durante uma palestra na Game Developers Conference (GDC), a CD Projekt explicou que precisou refazer partes significativas do RED Engine – a tecnologia por trás do jogo – ao longo de 10 meses para garantir que o REDkit fosse acessível aos jogadores. “O que funciona para os desenvolvedores internos pode não funcionar para os modders”, afirmou Oleg Shatulo, produtor de publicação. Além de simplificar interfaces e fluxos de trabalho, a equipe adicionou recursos essenciais, como o sistema de Projetos, que organiza os arquivos de mods – algo que não existia na versão original do motor gráfico.

Em 2015, a CD Projekt afirmou que não pretendia lançar ferramentas de modding tão robustas quanto o REDkit. No entanto, ninguém na empresa imaginava que The Witcher 3 manteria sua popularidade por tanto tempo. “Estávamos gradualmente migrando nosso foco para outros projetos, mas, como um último adeus ao jogo, decidimos ampliar sua vida útil capacitando a comunidade de modders”, explicou Shatulo. “Fez todo sentido criar uma ferramenta oficial, que batizamos de REDkit.”

A CD Projekt Red tem um histórico de colaboração com modders – jogadores que mergulham a fundo em programação e design para personalizar seus jogos. Alguns deles, inclusive, acabaram contratados pela empresa ou fundaram estúdios de suporte, como Bence Hambalkó, que começou como modder e hoje é CEO da Yigsoft, estúdio que contribuiu para The Witcher 3 e Cyberpunk 2077.

Shatulo e Hambalkó destacaram três desafios principais ao disponibilizar as ferramentas de desenvolvimento para os jogadores: aspectos técnicos, dependências e documentação. Esses fatores, combinados, poderiam tornar o REDkit complexo demais para o público, exigindo ajustes cuidadosos para garantir sua usabilidade.


Este artigo foi inspirado no original disponível em pcgamer.com.

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