A História de hoje:
- Conto clássico do ano de 1815.
- Rapunzel é uma jovem de longos cabelos dourados, aprisionada no alto de uma torre por uma bruxa vingativa.
- Versão resumida e expressa.
Era uma vez um casal que ansiava por ter um filho. Os anos se passavam, e o sonho do casal permanecia distante. Até que um dia, a mulher descobriu que estava grávida, e a felicidade tomou conta de seus corações.
Nos fundos da casa do casal, havia uma janelinha que dava vista para um magnífico jardim repleto de flores e hortaliças. Este jardim pertencia a uma feiticeira muito temida por todos, cercado por um muro altíssimo.
Um dia, ao espiar pela janela, a mulher notou um canteiro de rabanetes tão verdes e frescos que imediatamente abriu seu apetite. A vontade de comer os rabanetes crescia a cada dia, a ponto de deixá-la abatida e doente. Preocupado, o marido perguntou:
— O que está acontecendo, querida?
— Ah! Se não comer um rabanete do jardim da feiticeira, vou morrer logo! – respondeu a mulher.
O marido, determinado a salvar sua amada, decidiu escalar o muro e pegar alguns rabanetes. Ao anoitecer, ele pulou para o quintal da feiticeira, colheu os rabanetes e entregou-os à esposa. Ela comeu a salada com tanto prazer que seu desejo aumentou ainda mais.
Na noite seguinte, o marido voltou ao jardim, mas foi surpreendido pela feiticeira, que furiosa exclamou:
— Como se atreve a roubar meus rabanetes?
Desesperado, o homem explicou que sua esposa precisava dos rabanetes para sobreviver. A feiticeira, então, fez uma proposta:
— Leve quantos rabanetes quiser, mas em troca, me dê a criança que sua esposa vai ter. Eu cuidarei dela como se fosse minha filha.
Sem outra opção, o homem concordou. Pouco tempo depois, a bebê nasceu, e a feiticeira apareceu, dando-lhe o nome de Rapunzel e levando-a embora.
Rapunzel cresceu e se tornou uma bela criança. Aos doze anos, a feiticeira trancou-a em uma torre alta no meio de uma floresta. A torre não tinha porta nem escada, apenas uma janelinha no alto. Quando a feiticeira queria entrar, gritava:
— Rapunzel, Rapunzel! Jogue suas tranças!
Rapunzel tinha cabelos longos e dourados. Ao ouvir o chamado, desenrolava suas tranças, permitindo que a feiticeira subisse.
Um dia, o filho do rei, cavalgando pela floresta, ouviu o canto doce de Rapunzel e ficou encantado. Procurou uma entrada na torre, mas não encontrou. Decidido a conhecê-la, voltou todos os dias para ouvir seu canto.
Certo dia, o príncipe viu a feiticeira subir pelas tranças de Rapunzel. No dia seguinte, ao anoitecer, ele imitou o chamado da feiticeira:
— Rapunzel, Rapunzel! Jogue suas tranças!
Quando subiu, Rapunzel ficou assustada, mas o príncipe falou com tanta doçura que ela se acalmou. Ele pediu sua mão em casamento, e Rapunzel, ao ver que ele era jovem e belo, aceitou. Planejaram fugir juntos, trançando uma escada de seda.
Um dia, distraída, Rapunzel perguntou à feiticeira:
— Por que você demora tanto para subir, enquanto o filho do rei chega num instante?
Furiosa, a feiticeira cortou as tranças de Rapunzel e a levou para um deserto, abandonando-a. Quando o príncipe veio, encontrou a feiticeira, que zombou dele:
— Rapunzel está perdida para você!
Desesperado, o príncipe se atirou da torre, caindo sobre espinhos que cegaram seus olhos. Ele vagou pela floresta, alimentando-se de frutos e raízes, lamentando a perda de sua amada.
Anos depois, o príncipe, perdido no deserto, ouviu uma voz familiar. Era Rapunzel, agora com seus filhos gêmeos. Ao encontrarem-se, Rapunzel chorou e suas lágrimas curaram a cegueira do príncipe.
O príncipe levou Rapunzel e as crianças para seu reino, onde foram recebidos com alegria. Finalmente, viveram felizes e contentes para sempre.
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